É o sonho da tia Emília, distinta professora devotada às letras, que vai fazer do sobrinho o escritor que ela tanto desejava ter na família. A tia Emília, educadora inteligente, sabia chamar a atenção para a beleza das coisas, e a Língua era a primeira dessas coisas. Levou Altino a apreender o significado das palavras e a utilizá-las correctamente. Sob a sua influência tutelar despontava um talento de maravilhoso poder criativo. Mais tarde, adoeceu gravemente e partiu deste mundo, mas o sobrinho estava a caminho de tomar assento entre os maiores escritores portugueses.
Excerto
Que Pena!...
Grande era a minha ânsia de espaços livres, de horizontes azuis. reinar num quintal murado já não chegava.
Anuí.
Trinta e tal mil quilómetros de camioneta... uma receção triunfal, com narizes moncosos e ramos de flores silvestres... minha tia a descalçar os sapatos e a calçar sandálias, palmilhando veredas entre eucaliptos, com a criançada atrás, como uma galinha seguida pelos pintos... aquele riacho vadeado junto da azenha, às cavalitas do moleiro... os aromas resinosos, o voo das pegas, os chocalhos ao longe... a aparição dos campos, dos celeiros, das medas, do campanário da igreja, da branca aldeiazinha dos mortos...
Para fruir lances tão excelsos valia a pena...
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